Os pulmöes, o coraçäo dilatam com a altitude porque o ar insiste em näo entrar e o cansaco físico ganha vida própria, nao respeitando as leis da paragem. O corpo fixa-se ao chäo e sente todo o peso do viver.
Sublinham, por estas bandas, que para receber é obrigatório dar sempre algo em troca. Fazer como que um sacrifício pela Pachamama. Por essa lógica de ideias, compreendo agora porque quanto mais débeis ficam os pés e quanto mais se afundam na terra, mais a alma se aproxima da purificaçäo, na saída desse labirinto entre passado, presente, futuro. Uma libertaçäo amarrada ao encontro entre deus dos deuses, deus da terra, e deus dos mortos. Puma; serpente; condor. Ar; Água; Fogo. O tríptico que se cruza para formar o ciclo a partir do qual giram todas as outras forças. Os quartos e quintos elementos....
O espírito demite-se do seu espaco e solta-se agora, no fim desta longa caminhada, da sua imaterialidade ou materialidade do corpo e carapaça do "eu", reconhecendo que nao cabe mais em si. A alienaçäo provocada pela vontade de chegar às estrelas ou a todo um universo desconhecido, dá lugar a uma retórica imensa que deixa de se questionar; a alma toca, incorpora e é o que a rodeia aqui e agora.
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