quinta-feira, 13 de novembro de 2008

O Macdonalds vai tunningar

Desde pequenina que tem essa tendência louca para se pôr de perna aberta, a badalhoca.
E continua a insistir que é isso que lhe abrirá as portas para o mundo da Maxmen.
Passeava os livros e fingia desenhar, nas aulas da Cecília Gaspar.
Pavoneava-se em todas as fotos com uma personagem chamada Clara, mas na verdade, de quem ela mais gosta é da Aninhas (porque a Aninhas tem azeitonas e a Clara tem caroços).

Tem pele de raba, fazendo com que alguns tarados tenham vontade de a violar.

E bem que gosta, apesar de depois fazer aquela cara de sonsa, de quem acabou de acordar.

Tem uma tendência louca para limpar o salão para o baile!

Aliás, não se limita a vasculhar o salão, mas também o espaço reservado ao after.

Tunninga todo santo fim-de-semana à volta da terrinha, e testa sempre o carro no fiel companheiro MacDonalds.

Como o combustível Mac se impregna no carro com o seu cheiro maravilhoso, não tem outra opção senão abrir todas as portas numa tentativa de partilhar esse feliz odor com o mundo. E ainda não contente, abana-se à volta do carro, ao som estridente de Spice, na expectativa que passe algum(a) trolha que lhe dê atenção.

Depois de confirmar que nem os homens de cimento nas unhas estão para a aturar, recorre ao Nortenha, implorando a atenção do sr. António. Quando se apercebe que o sr. António só quer saber de freiras, descarrega a sua raiva no shanghai.
*

Mas no meio disto tudo até gosto dela...

porque afinal de contas há mamonax
porque venera a Vodka preta
porque conhece o segredo da sangria do Grão Mestre
porque tem os calores...
É a Kikinha, a minha Mamonax! =D
Parabéns poiaaaaaaaaaaa!
Escorpiões ao poder!
Aí já passa da meia noite, apesar das horas deste blog estarem todas trocadas. Aproveita agora que eu estou de chegada, e compra uma pila. Caso-me logo contigo, sua carinha de noja. Já sabes. Mais que cara metade.


Avé Kikinha, avé! Txi amo!

Agora a minha prendinha para ti!



*Vídeo: Produções_Pedro Figueiredo =)

Curiosidade: A pedido da Joana, corrijo a definição de trolha que dei num dos posts atrás. No Brasil, trolha é uma pila enormeeeeee. Trolhão mesmo. Pode ajudar na compreensão da profundidade da questão, ainda para mais, estando relacionada com a musa deste post. =P

Andar de van no Rio...



e com o Cristo Redentor sempre à espreita...

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

A Luíza e as gosmas

Desde que cheguei já duas pessoas me cantaram "Luíza" e insistiram que era cantada pelo Vinicius de Morais. Finalmente ouvi a música original pela primeira vez. Descobri que a voz é do delicioso Tom Jobim, que juntamente com Vinicius de Morais a compôs. Se não gostasse do nome Luísa, passaria a gostar a partir do momento em que o senti na voz dele. Dedico-te esta música mamita, a Luísa que mais admiro, e a ti zaizinho envio-te um beijooo enorme. Apesar de teres previsto o meu nome como catalisador de uma vontade oculta, estiveste bem com a proposta. =)


Lembro-me de ter ouvido pela primeira vez, naquela noite maravilhosa com as minhas gosmas no Pinguim, a outra "Ana Luíza" também de Tom Jobim. Lembro-me, sempre que a oiço, de partilharem que nos vossos planos ela deveria ter acompanhado a minha festa de anos surpresa na praia. Inevitavelmente, sempre que a oiço, (e apesar dos vossos planos falhados por algum motivo que não me recordo), lembro-me de como esse dia se revelou um retorno à minha infância. Lembro-me e vejo a algazarra que mais nitidamente me preencheu até hoje. Lembro-me de como as estrelinhas mais "estaladinhas" do Universo, =P, se esmeraram.
A festa não poderia ter tido mais cor. Se a música tivesse sido convidada, teria estragado. Certamente teria abafado os nossos berros e guinchos contagiantes e pareceria ridícula quando colocada frente a frente com a nossa música dos sons feitos a partir dos balões. Bem, na verdade, recorro e menciono a música como desculpa para vos lembrar dessa festa, pretendendo despoletar as vossas forças na organização de outra, este ano. No Brasil. Mas surpresa. =P
Já agora aproveito para avisar que vou passar o Natal a Portugal e espero-vos em minha casa para uma ceia, com o tradicional bacalhau da Paulinha, a lareira acesa, e o Zé saído da casa de banho vestido de Pai Natal pobre, com as calças rotas e logo no terceiro olho. LOL Aviso desde já que não serão permitidas prendas como toucas de banho, caixas de costura etc.

Evaldo Soares toca "Ana Luíza" no piano


sábado, 8 de novembro de 2008

Virei peão!

Da mesma forma que algumas palavras inofensivas em Portugal, como propinas, rapariga, puto, etc., que significam dinheiro sujo, prostituta, prostituto, no Brasil, também trolha tem um significado completamente diferente do atribuído nas terrinhas lusitanas. Quando se querem referir à pila em calão, é este o termo usado. Devido às circunstâncias, seria ridículo auto intitular-me de trolha, apesar de sempre ter tido essa vontade recalcada: afirmar-me trolha à portuguesa, senhora e dona dos piropos mais castiços e propositados, ou não. No Brasil, esses senhores são chamados de peões, e o seu método de persuasão não confia no poder da palavra; limita-se ao banal assobio. Chegam a montar posições estratégicas, como se de um coro se tratasse.
A estagiar há 3 dias na obra da Cidade da Música de Christian de Portzamparc, começo a conhecer de perto toda esta dinâmica dos trabalhadores e as particularidades práticas da construção. Os estudantes no Brasil têm a possibilidade de começar desde logo, nos primeiros anos da faculdade, a estagiar. Estou a trabalhar com 3 escultoras e um pintor. Finalmente, desde que cheguei ao Brasil, penso poder fazer amigos fora de casa. No meio de cerca de 3000 homens, colocaram-me num grupo "maneiríssimo" e felizmente com as únicas mulheres que trabalham na obra. As outras ficam a maioria do tempo nos ateliers.
O meu trabalho consiste em fazer levantamento de medidas, ir ajudando o grupo dos artistas plásticos no que toca às pinturas, e na altura dos acabamentos e da pintura final, acompanhar e conferir se as cores correspondem ao que tinha ficado acordado.
Tem-se corrido bastante, até porque a obra tem de estar pronta até Dezembro, supostamente. As fotos elucidam o estado atrasado da construção, numa fase em que os esforços se repartem entre betão, estucamentos, pinturas,..., tudo em simultâneo.... Mas como já disse, com apenas 3 dias de experiência, é impossível saber a velocidade que a obra pode atingir.
Ontem conheci o mestre Portzamparc. Tem andado pela obra, especialmente preocupado que as cores fiquem fiéis ao que propôs.
Ah!!!E por pouco não apareceria nas Mega-Construções no Discovery Channel. O mestre de obras, enquanto lá andava com a equipa do programa nas filmagens, disse-me que não era permitido andar de "blusinha" na obra e que por isso não os tinha deixado filmarem-me. Continuei a tirar as medidas e ao mudar de divisão, ele veio logo ter comigo, "Ah! Mas escusa de sair. Não estava falando sério! Pode ficar!" Quem sabe?! LOL

Foto: Alex Sandro

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Ferrou...

Antes de me ter lançado na net para averiguar qual a verdadeira linguagem usada na Bildfenster/Fensterbilder, achei bem mais aliciante especular sobre ela. E deixar essa questão em aberto. Costumam dizer que a curiosidade mata. Pois é... Não matou, mas preferia ter continuado na ignorância.


http://www.goethe.de/Ins/fr/lyo/prj/sal/fil/bil/deindex.htm

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Curta Cinema 2008 - Rio



Está a decorrer, entre os dias 30 de Outubro e 9 de Novembro, o 17º Festival Internacional de Curtas do Rio de Janeiro. Ao todo serão exibidas 323 curtas-metragens de todas as partes do mundo. Desenrola-se entre Competição Internacional, Competição Nacional, Panorama Carioca, Foco Japão etc.



Casa de Máquinas - Maria Leite, Daniel Herthel, 5 min, Brasil, MG, 2007


Dreznica - Anna Azevedo, 15 min, Brasil, RJ, 2008
O lugar onde a neve encontra o mar. Os dias são repletos de estrelas e as noites cobertas pelo sol. Somente ao não ver é que conseguimos percebê-la. Construído com arquivos caseiros de Super 8 dos anos 1970. Uma lírica jornada por meio de imagens e sensações reveladas pela memória e pelos sonhos daqueles que não vêem.


Apesar de não ter assistido à última no próprio festival, procurei no youtube algumas outras curtas presentes na programação do evento. Esta despertou-me particularmente, ao introduzir uma nova questão que vai ao encontro do tema que mais tenho problematizado ultimamente.
A curta que apareceu na pesquisa terá sido feita por alguém que assistia à original (apesar de achar que isso não é permitido =P) e, através dela e do próprio tema sugerido pelo título (Enquadrando), recorreu a esse movimento da câmara em torno do mundo das imagens do outro, enquanto produtos do real manipulado pela sua visão, procurando afirmar o seu próprio conceito de realidade?! Poderá ser um enquadramento a partir de outro enquadramento?! De que realidade se pode falar, neste sentido? Se nem a fotografia casta, que representa selecção de tema, de centralidade e limites, e com suas cores adulteradas, reproduz o real palpável?!... Aquela outra nova dimensão multiplica identidades da imagem, sobrepõem-nas e amarra-as entre si. A segunda supera a primeira, ao cortar o todo que esta tela abrange, e assim aconteceria sucessivamente se se tratasse de mais intervenções. Neste sentido, o suposto espectador passivo, simultaneamente desconstrói e atribui uma nova plenitude à imagem. Na curta em questão, para além do voyeur filtrar a realidade do outro, que está presente apesar de alterada, ainda revela a sua própria percepção da realidade sem anteriores intermediários, ao direccionar e centrar o olhar da sua camâra directamente sobre o tema(s) que selecciona do que o envolve.
Será esta a curta em si mesma? Será toda ela o produto original, pretendendo alargar exactamente esse questionamento e, motivar múltiplas linguagens num mesmo ecrã?
Independentemente da verdade que gerou toda esta curta, a fotografia tem realidade própria. Jamais poderá ter o pretensiosismo de ser o que diz reproduzir. Essa realidade enquanto tema, ao qual a imagem pensa ser fiel, não é mais do que pretexto para se estabelecer a hierarquia entre o que se vê, quando se vê e como se vê, e o que é e existe, realmente. Só quando pretende sublinhar essa consciência deliberadamente, é que a imagem consegue ser genuína e livre.

A curta original, seja ela qual for: =P
Bildfenster/Fensterbilder (Enquadrando) - Bert Gottschalk, Alemanha 2007
No youtube:
Título: Homage
Descrição: Okviri / Bildfenster Fensterbilder, author: Bert Gottschalk Fantastična odiseja doktora Zodiaka, author: Matija Pisačić kino Europa, Animafest Zagreb 2008

Notícias de uma Guerra Particular


"Notícias de uma Guerra Particular" é um documentário brasileiro de 1999, produzido pelo cineasta João Moreira Salles. Eleito um dos melhores filmes brasileiros contemporâneos pela Revista de Cinema e vencedor da competição nacional de documentário do festival É Tudo Verdade, "Notícias de uma Guerra Particular" é um amplo e contundente retrato da violência no Rio de Janeiro. Flagrantes do quotidiano das favelas dominadas pelo tráfego de drogas alternam-se e entrevistas com todos os envolvidos no conflito entre traficantes e policiais - incluindo moradores que vivem no meio do fogo cruzado e especialistas em segurança pública. A realidade da violência é apresentada sem meios-tons e da forma mais abrangente possível, tornando patente o absurdo de uma guerra sem fim e sem vencedores possíveis.

terça-feira, 4 de novembro de 2008

Pedro Figueiredo


Best of Cómicos de Garagem, dia 25 de Janeiro - Pedro Figueiredo foi o escolhido para abrir estes dois dias de stan-dup no São Luiz. Missão (muito bem) cumprida!
Cómicos de Garagem é um programa das Produções Fictícias e Antena 3.





Actuação na II Gala dos Cómicos de Garagem ao Vivo no Jardim de Inverno do São Luiz Teatro Municipal.


videos em http://pftv.sapo.pt/

Figueiredo: esse grande Sr. polivalente e que consegue supreender; sempre... =D

Estados Nirvana

Fórmula 1 de palitos de fósforo

Durante 6 anos, Michael Arndt usou 956 mil palitos de fósforos, 1686 tubos de cola e pelo menos 3 diferentes variedades de pincéis, para montar uma réplica gigante de uma McLaren 4/14 F1, num custo de aproximadamente 6000 Euros. O modelo gigante ocupa a cozinha inteira de Michael e também a sua vida social.
O modelo todo é composto de 45 peças avulsas, que podem ser separadas para facilitar o transporte.


Caso para dizer: haja paciência!!

O templo reciclável

Os monges do templo budista Wat Pa Maha Chedi Kaew encontraram um modo ecológico de atingir o nirvana: a reciclagem. A construção, iniciada em 1984, já empregou 1,5 milhões de garrafas de vidro - e é ampliada conforme chegam novas doações de vasilhames. O vidro não é o único material reaproveitado. Tampinhas foram usadas para criar os mosaicos que decoram as paredes internas do templo.
fotos em http://curiosidadesnanet.wordpress.com/

Ideia mais que inteligente!

domingo, 2 de novembro de 2008

Romboyada

Namaste Club

O tempo é interminavelmente sufocante no "banheiro" feminino. Vira o disco e toca o mesmo. Estava com esperanças de lá voltar no fim da noite para filmar a mesma fauna, mas a festa tinha outros planos. =) Teria sido no mínimo caricato ver estas meninas com a posse alterada, o rímel borrado e a vomitarem baton...mas em frente ao espelho; claro!

Lá fora a história é outra. Recorro ao meu espelho de sempre: a música. O único capaz de me reflectir de forma fiel... E quem melhor que Marc Romboy para me lembrar disso?! A noite voou. Também eu voei. E dancei como há muito não dançava e esqueci com quem estava e onde estava e que o tempo passava. Estive com quem quis estar e em todas as histórias de seres genuínos e únicos e em todos os lugares e em todos os tempos, num não lugar onde o tempo não é mensurável, num quadro sem limites, sem formas, sem contornos, onde barreiras entre memória/presente/fantasia se esbatem. Descobri que mantenho a sanidade mental psicótica do costume =P

Foto: Joana